Não, o teu amor não é um blefe
porque ele não é amor
Quero arrancar de mim a obrigação
de ser amada porque sou teu fruto
sou um fruto podre para ti
inoportuno
Sou apenas um costume
uma roupa justa
ou um sapato apertado, não
um sapato apertado nos livramos
e você não se livra de mim
sou um calo, um asco
se pudesses me vomitaria como uma comida estragada
sou uma nota promissória
um mal necessário
Hoje arranco de mim
a obrigação de ser algo a mais
sou um teu apêndice
absolutamente desnecessária.
A.Lia