sexta-feira, 6 de junho de 2008

Meu canto...

Oribici amava com ardor
mas o destino derrubou as estrelas do céu
e seu cacique casou-se com outra índia
Do choro de Oribici pelas montanhas e montes
formaram-se córregos e fontes...
e diante da dor, Oribici pediu a Tupã um corpo de pássaro
asas inimigas da distância...
E fez-se o canto da mata, único, de dor e de contentamento!
Uirapuru que vôa triste,
um corpo sem formosura
testemunha próxima da felicidade alheia escancarada
Leva ò dor, para longe, a alegria roubada
Vôa canção do amor e serve de guia aos amantes solitários
que escutam, em silêncio, o fervor desta melodia triste.

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