sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Adágio...


Travo uma luta com meu corpo que não se rende na madrugada, onde o tempo é soberano, correndo pelos ponteiros do relógio. Pobre corpo lúcido, de memória implacável, vaga na noite buscando o eco da melodia que misturou nossas coxas e embalou nossas bocas. Um adágio conduziu nossos olhos e meu ventre se largou delicadamente sobre o teu, enquanto um allegro vivace ritmava nossos corações, ávidos pelo gran finale daquele ballet precioso, preciso e constante, onde o tempo cruel não tem força. Vai tempo invejoso, só te resta observar ao longe nossa dança e atormentar=me na solidão da madrugada onde reinas absoluto, deslizando noite adentro.


A.Lia

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