sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bagagem...


Algo de antigo aprisiona minha alma
um medo infantil do amanhã.. uma convenção estúpida
uma bagagem falsa
que admitindo-se verdadeira, estaria em mim por repetição...
carrego em meu ombro um peso morto que fere meus desejos mais sinceros
A realidade que o medo me enfia goela abaixo não é minha
as regras não são minhas, as escolhas não são minhas
vivo alheia a mim mesma e pela metade
Peço-me agora a coragem de romper com aquilo que não sou eu
e tomar as rédias do meu pensamento oscilante
medroso
Nao, minha alma
a ti não pertence esta sina
a ti está reservada a liberdade dos espíritos puros
Passo neste momento a traçar o meu próprio destino
com a cor que me aprouver,
as consequências serão das minhas próprias ações
não beijarei a velhice com o peso do outro
quero meus próprios fracassos
meus próprios sucessos
vem amor, vem medo, vem fortuna
quero receber-vos de peito aberto
e não me enterrarei antes da morte
aliás, nem aí estarei sob jugo
ao contrário, serei ainda mais livre
mas levarei comigo apenas a minha bagagem
por direito e por dever
Me liberto hoje
desta herança morta.

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