sexta-feira, 18 de setembro de 2009

?...


O que dizer quando as palavras não fazem sentido?
Para onde andar quando os pés estão pregados no chão?
Como sonhar se o sono não vem?
Para onde apontar se minhas mãos estão coladas ao rosto?
Meus olhos nada querem ver a não ser a beleza dura e fria das certezas
Meu coração se recusa a sentir, exceto aquilo que lhe conforta
Mas minha alma anseia
e meu corpo sofre de desejo
e nesta ânsia de desespero
meu peito vomita um pedido mudo de ajuda
mas o ouvem apenas meus ouvidos trancados
E aí, no limite da dor e por alguns instantes,
minha boca rasga o silêncio num urro subversivo
lançando longe tudo aquilo que se esconde por detrás da dúvida
da covardia
da solidão
Sei que em algum ponto desta imensidão
meu grito ecoa
e lá naquele recôndito, bem alí
estará o sono para meus sonhos
o conforto para meu peito
o sentido para minhas palavras
e o eco da minha alma.
A.Lia

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